X
Back to the top

Autobio

Biofragmentos

Alba Lirio nasceu no Rio, viveu em Pernambuco, nos cinco primeiros anos de infância, onde conheceu o segundo mais lindo sotaque brasileiro, a pinha, o caju, o rolete de cana, o assobio da chupada (da cana) e o frevo. Pronto. O resto é consequência, é rastro, é trilha sonora.

No Rio, morou na Tijuca, estudou piano no Conservatório Brasileiro de Música, e ficou em quarto lugar num Concurso Lorenzo Fernandes do qual participaram (e ganharam), os meninos-prodígios (à época tinham todos entre 12 e 15 anos) Cristina Ortiz e Arnaldo Cohen. Concomitantemente, mas com paixão maior, estudou balé, teatro, dança afro e moderna, veio com a família para Ipanema. Fez o clássico no icônico Santa Úrsula e estudou jornalismo na PUC e na Hélio, inglês no IBEU, francês na Aliança, foi à praia no Pier e na Joana, Circo Voador no Arpoador, Garota de Ipanema no sábado, Sorvete do Moraes no domingo, Carnaval na Banda de Ipanema ainda quando a Prudente também de Moraes dava mão para Copacabana e a Vinicius se chamava Rua Montenegro. No carro abre-alas, Tom e Vinicius, Chico Buarque, Albino Pinheiro, Jaguar e as gêmeas já com quase 100 anos.

Em 1974 vai para Paris com a fantasia de se tornar bailarina ou artista de vaudeville, o que lhe aparecesse primeiro como oportunidade. Seguindo a paixão – a dança e os que dançam – foi também para Torino na Italia e no final de 1976 volta (com o rabinho entre as pernas) para o Brasil. Vai ganhar a vida como jornalista e convive com grandes profissionais do ramo. Ao fim de 10 anos um desses grandes lhe disse: minha filha, você está pronta para editar o New York Times. Monta então sua própria consultoria. Foi repórter e redatora da Rádio Globo, Rádio MEC (a rádio transferiu o objeto da paixão para a voz), consultora na área de Comunicação empresarial para organizações nacionais e internacionais e instituições de ensino acadêmico, UERJ inclusive.

Te dou Asas para Dançar, Voz para Cantar

A dança sempre teve lugar de destaque e de novo o convívio com artistas e professores geniais, como Graciela Figueroa, Boris Kniaseff, Gill Anthony, no rol daqueles mestras e da música e do teatro, garantiu os alicerces de uma ponte sólida unindo o aspirante à artista ao seu objeto do desejo, seja pela via da performance, do ensino ou da pesquisa.

Aos 40 anos, dá uma guinada em sua vida para se dedicar à pesquisa, educação e difusão da música vocal de importantes tradições orais como a Índia, a Europa Medieval e as matrizes ameríndias e afro-brasileiras, o que a levou a viajar inúmeras vezes às fontes dessas culturas. Louca por muitos, mas fanática por J.S. Bach, Villa Lobos, Moacir Santos, Tom Jobim e Edu Lobo.

Desde 1995 conduz no Brasil as atividades do Projeto Vox Mundi, com sede na California, criado pela premiada musicista Silvia Nakkach, dedicado a pesquisar a voz em suas interfaces com a arte e a ciência, promover o diálogo e a inclusão de culturas vocais negligenciadas pelo mundo contemporâneo, bem como a difundir internacionalmente sua metodologia de educação da voz cantada.

Canta Ator Canta

Tem predileção especial pela formação musical de atores, tendo trabalhado diversos atores e grupos teatrais especialmente na área do canto (Grupo Moitará, Cia. Brasileira de Mysterios e Novidades, Teatro do Instante, Instituto Stanislavsky, Grupo Off-Sina, entre outros). Em 2009 integrou a equipe de professores do núcleo indiano do grande sucesso “Caminho das Índias”.

É autora de três montagens cênicas: a Opereta NoNaada, que concebeu e atuou junto ao Coletivo Companheiros das Artes, Das índias à India, Terra Terreiro Palco Picadeiro e CorpoCoral.

No Naada, uma opereta em 10 movimentos

No Naada, uma opereta em 10 movimentos

Alba Lirio

Aprender, Transmitir e Seguir Aprendendo

É professora convidada na área de artes cênicas, música, musicoterapia e filosofia de instituições acadêmicas como a UNIRIO, a UERJ, UnB, a PUC, a UFUB, Federal de Pelotas, Unipaz entre outras.
Leciona em várias cidades brasileiras e no exterior, com regularidade (até a pandemia!) na California, Uruguai, Argentina, Espanha e India.

Como escritora tem cinco livros publicados, entre os quais a biografia do artista múltiplo Heitor dos Prazeres, em parceria com seu filho Heitorzinho.

No início dos anos 2000 inicia um processo de consolidação de suas áreas de estudo e produção, e passa a se interessar pela natureza, a escuta, buscando entender os processos de transformação da Natureza em Arte, aquela que está ao alcance e sob a responsabilidade dos homens.

Ser In Natura

No início de 2020 inicia o Projeto Companheiros da Artes e da Natureza, com sede física em Rio Bonito e Lumiar, em plena à pujante Mata Atlântica brasileira.

Projeto Companheiros da Artes e da Natureza - Lumiar

Siga as nossas Redes Sociais